Contando carneiros
Eu conto os carneiros
quando não tenho sono.
E sempre que me engano
o mil vira primeiro.
Os carneiros no escuro
da parede do quarto,
e eu conto com arte,
o meu sono eu procuro.
Faltam carneiros pela
minha janela aberta,
sem me enganar na conta,
eu conto as estrelas.
E com tantas estrelas
para quê continuar?
Bocejo com vagar,
viro e durmo a vê-las.