O CANTO DA CIGARRA

Havia uma cigarra paradinha em riste
Estava chegando a hora do seu cantar
Não sentia a brisa gostosa e serena
Somente uma quentura para acasalar        

Agora que está finalmente na superfície
Pois passara a vida na escuridão
Pousa o olhar nas amigas raízes 
Que sempre a cobriram e deram proteção

Olhando a bagunça das travessas nuvens
Surge o pálido azul do céu em final de festa
A cigarra prepara-se pro canto crepuscular
Querendo atrasar aquele finalzinho que ainda resta