Sofia e Maria.
Ela era
Pequena Sofia, magrela,
Falava pouco,
Olhos tristonhos.
Todos a maltratavam,
Mas ela tinha um coração grande,
Um dia ia caminhando,
Nos braços sua boneca.
Viu escorregar e se ferir Maria,
A menina que por ela tinha antipatia,
E com sua doçura e seu jeito de perdoar,
Deixou a boneca de lado,
E foi a ajudar.
Sem graça pelo jeito que tratava a pobre menina,
Com uma voz fina,
Quase inaudível
Agradeceu de forma tímida,
E rapidamente voltou a caminhar.
Os dias passaram e as brincadeiras continuaram
Menina magrela,
Com o vento quase pode voar.
Mas a menina popular
Que era a que mais a irritava,
Sentiu uma dor e um sentimento estranho,
Colocou-se no lugar de Sofia.
Sentiu a dor que não era dela,
Mas que ela sofria,
Entendeu que a bondade nem sempre é bem vista,
E quis remediar sua culpa.
Tomou uma luta que não era sua,
E a antes mimada Maria,
Tornou-se amiga e protetora de Sofia,
Pois com ela aprendeu o que realmente valia.
Tornou-se uma menina mais iluminada,
E a admiração não era por suas malcriações,
Aprende a agir com seu coração,
E viu o quanto ela não sabia da vida,
Como a frágil e magrela Sofia.