Janeiro da Victoria
É impossível por na ponta do lápis
E descrever em uma folha em branco
A quantidade de janeiros
Que passaram por essas duas vidas
Mais nenhum foi tão importante
E significante quanto a esse que passo
A descrevê-lo.
As festas natalinas
Já haviam ficado para trás.
O Réveillon de dois mil e treze
Foi o divisor de águas
Na vida de Bernardo e Laila.
Pois a expectativa da futura mamãe
E do mais novo papai
Faltava pouco para chegar ao final.
A barriga de Laila estava redondinha
Eram os céus preparando
Uma bela menina.
Era o anúncio de um novo mundo
Era uma nova história que aos poucos.
Por Deus estava sendo escrita.
Enjôos, desejos e mimos
Nada disso tirava a paz de Bernardo
Pois o amor pela doce menina
Protegida no ventre de Laila
Só aumentava dia após dia.
Enfim o Réveillon também passou
E um novo ano se iniciou.
E o coração de Laila e Bernardo
Pareciam soltar do peito
Ou quem sabe sair pela boca.
Pois a emoção estava à flor da pele
E o sorriso só se via
De um ao outro canto da boca.
Os dez primeiros dias do ano
Foram como uma retrospectiva
Aos dez anos passados
Quando o coração de Laila e Bernardo
Bateram mais forte um pelo outro
E decidiram-se namorar.
Foi também nesta época
Dez anos atrás que Laila e Bernardo
Definiu qual seria o nome
Da sua futura herdeira
Acreditando assim que um dia
Deus iria vos abençoar.
O décimo primeiro dia chegou
E com ele veio à correria
Era o bebê de Laila e Bernardo
Anunciando que já estava preparada
Para atravessar a linha de chegada
E surgi no novo mundo
Que para ela ainda era desconhecido.
Que sábado abençoado!
Que dia perfeito para comemorar
Era a vitória de Bernardo e Laila
Que neste dia Onze de Janeiro
Deus havia reservado para presenteá-los.
Sim, a chegada desta linda menina
Foi mais que um simples nascimento
Foi uma vitória, um divino presente.
Vitória não apenas pela ocasião da espera
Vitória para selar o nome desta doce menina
Que no cartório dos corações
De Bernardo e Laila dez anos atrás
Já haviam escolhidos.
Vitória que só foi obtida em Janeiro
O mês que antecede Fevereiro
Janeiro que não é somente agora
O mês ou a estação do verão.
Janeiro que a partir do dia Onze
Tornou-se o mês
Da Victoria Ferreira Imperial
E a vitória de Laila e seu amado Bernardo.
Escolheram sim,
Victoria Ferreira Imperial
Que veio a esse mundo
Para deixar o seu marco.
Que veio a esse mundo
Para alegrar as vidas
De Bernardo e Laila.
Com quarenta e nove centímetros
E três quilos, duzentas e quinze gramas
Essa pequenina princesa
Já surpreendia a todos que foram visitá-la.
Pois para inicio de conversa
Ela veio a esse mundo
Com seus poucos cabelos pretos
Porém, vaidosamente partidos de lado.
Puxando o charme e a beleza
Do seu papai Bernardo.
O que falar dos seus olhos
E das suas sobrancelhas.
Até parece que ela teve uma conversinha
Com seu avô Fernando ao pé da orelha
Exigindo que por ela fosse dividido
Um pouco de sua beleza.
Da sua mãezinha ela não perdeu tempo
Em se assemelhar com a beleza
Tendo de igual uma boca perfeita
Para falar para todo mundo
Que ela deste nobre casal
Tornou-se uma cópia mais impecável.