Baú de espantos

Encontramos refúgio no incêndio

Que ora consumiu nosso castelo

E é de se temer e acovardar

O quanto na desesperança há de belo

Abrigamo-nos no colo frio das ruas

Pois o teto, de tão protetor, sufoca

E, de espantos, cheio meu baú

Dos olhos no mundo a cor desbota

Queria aliviar, da espinha, o calafrio

E atravesso a madrugada em rima

Pra, quem dera, encontrar uma resposta

Que torne o mundo em obra-prima

Luiz Otávio Esteves
Enviado por Luiz Otávio Esteves em 14/06/2014
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