Ave fênix

Claudinho era um menino grã-fino

Filho de um grande empresário

Que quando estava em Atenas na Grécia

Deparou-se com algo extraordinário.

Encontrou uma ave tão bela

Com uma cauda longa e cores vibrantes

Um ser fantástico, magnífico,

Jamais tinha visto algo semelhante.

O menino chamou o mordomo Tomás

Que também era seu padrinho

E pediu para que ele

Capturasse o passarinho.

Tomás riu e disse que aquele não era um passarinho

Mas sim um “passarão”,

E tratou de armar uma arapuca,

Mas foi em vão!

A ave pousou no ombro de Claudinho

E não foi mais preciso capturá-la,

Ela parecia ser bem dócil, do ombro do menino

Ela foi parar na janela da sala.

E num piscar de olhos

Voou sobre o céu de Atenas,

No chão da sala da mansão

A ave deixou algumas de suas penas.

Claudinho percebeu que a plumagem

Era de raríssima beleza,

“Padrinho, que pena,

Queria tanto levá-la para Fortaleza”!

Na estante procurou livros sobre mitologia grega,

Um dos seus assuntos favoritos na sua vida de estudante

Ao folhear um desses livros mitológicos

Encontrou a imagem da mesma ave que viu minutos antes.

Era uma ave fênix e ficou perplexo

Pois ela estava em suas mãos e deixou escapá-la,

Enquanto o menino lamentava

Ela surgiu novamente na janela da sala.

Claudinho a chamou

E a ave pousou em seu ombro novamente,

“Poderemos levá-la pra casa”, Tomás disse sorridente.

Colocaram-na numa gaiola dourada,

Levaram-na da Grécia para o Brasil.

“A fênix é nossa padrinho”!

Disse o menino ao mordomo que sorriu.

“Sim, é nossa, mas tome cuidado, ninguém deve saber,

Somente nós e seus pais,

Porque se ela cair em mãos erradas

Não a teremos mais.”

“Padrinho, eu não quero que ela caia

Nas mãos de gente imbecil

Vou deixá-la provisoriamente no sótão

Assim que chegar a minha casa no Brasil”.

Chegaram com a ave em Fortaleza

E Claudinho fez mesmo o que tinha dito,

Levou-a para o sótão.

“Meu Deus, não acredito”,

Disse o menino satisfeito

Pelo seu grande feito,

Capturar uma ave lendária,

Mas percebeu que ela ficou doente

Pegou fogo e virou cinzas de repente.

Claudinho olhou atônito,

Mas não chorou,

Lembrou-se da lenda da fênix

E ela ressuscitou.

Renasceu das cinzas e começou a falar com Claudinho,

“Eu sou uma ave fênix, meu nome é Foguinho.

Onde me levares estarei contigo,

Serei teu grande amigo.

Serei teu guia,

Orientando-te com carinho,

Para que nunca desvies

Do bom caminho.

Serei o oráculo que te orientará

Sobre perigos iminentes

Como os filósofos da antiga Grécia

Terás uma privilegiada mente”.

“Não posso acreditar, tu realmente falas,

Tu vieste para trazer-me sabedoria,

Eu pensava que seres como tu

Fossem apenas fantasia”.

“Não tenho nada de fantasia,

Como podes ver,

Serás um grande filósofo contemporâneo

Todo o mundo irá te conhecer”.

E assim Foguinho

Tornou-se o mestre de Claudinho.

O garoto tornou-se famoso no mundo inteiro

Encontraram outra ave fênix que se chamava Luzeiro.

Esta era fêmea e se tornou par romântico de Foguinho,

Ambos seriam agora orientadores do menino

Além de seus pais Cláudio e Jorgina e de seu padrinho.

Cadu Lima Santos
Enviado por Cadu Lima Santos em 08/05/2014
Reeditado em 01/12/2024
Código do texto: T4799268
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