O SONHO

A hora em que as cortinas

se fecham lentamente

a noite vai descendo

silenciosamente.

Os olhos cerro e durmo

no meu quentinho leito

e sonho por mil mundos

passeios satisfeito.

Ainda ontem bem me lembro...

entrei numa cidade

que cidade linda!!!

É pena não ser verdade.

As ruas todas eram

de pão-de-ló caçadas

de rapadura as casas

os muros de queijadas.

Chocolates andavam

em carros pelas praças

eram de açúcar candy

os vidros das vidraças.

Nenhuma chave havia

nas portas dos armários

brincavam peixes rubros

nas caldas dos aquários.

Empadas descobertas

serviam de canteiros

por flores tinham dentro

camarões inteiros.

Nas árvores do passeio

cresciam bombocados

pasteis,nata, figos

passas e queimadas.

A catedral enorme

era de goiabada

com sinos e duas torres

tudo de marmelada.

N biblioteca só tinha

livros de beijú

mesas de queijo suíço

cadeiras de sagú.

Chovia cajuada

groselha e capilé

em lama de geleia

se escorregavas o pé.

E eu comendo sempre

comendo sem parar

quando mamãe veio

de súbito me acordar.

Vocês não façam

ideia como fiquei danada

tinha um pudim de creme

apenas principiado...........

Breno Vieira
Enviado por guyu myra vê em 26/02/2014
Reeditado em 27/07/2014
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