Com o lápis na mão
O azul parou no meio da folha.
A mão ficou suspensa
Invadida pela cor
Infinita.
Então, a criança se viu
Atraída pelos sentidos
Passarinhando
Dentro de nuvens claras
A voar, a voar
Tateando o calor do sol
Numa diversão além de um desenho.
E vejo-a, arrastando o lápis no papel
Naquilo que ela imagina,
Com a singeleza de quem dança
Em histórias infantis.