BABÁ DE PASSARINHO


Tenho que interromper essa poesia,
preciso ir lá fora, concertar um ninho,
depois desse temporal e forte ventania,
torno me as vezes um babá de passarinho.

Mas faço isso com carinho e muito amor,
até já aprendí como os ramos tecer,
são pequenos, vítimas facéis de predador,
e eles tem todo o direito de viver.

Já cuidei de um canário e também  um sabiá,
tudo isso traz  me uma imensa satisfação,
primeiro são alimentados com fubá,
mas depois, vão se virando na plantação.

Saudade boa, que estou sentindo agora,
penso naquela bela ninhada de perdizes,
mas cresceram, um dia foram embora,
só deixaram comigo, lembranças felizes.

Tudo e passatempo aqui nesse lugarejo,
hoje cuidando dos filhotes da cotovia,
são lindos momentos, na lida do sertanejo,
que agora, vai continuar sua poesia...

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/02/2014
Reeditado em 01/02/2014
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