A nuvem que passareava...
A nuvem que passareava...
Passareava ligeira
Na copa da arvore bela.
Passareava cinzenta
Manchando o azul da aquarela.
Passareava baixinho
Ao cantar do passarinho.
Passareava bem longe
E se perdia no horizonte.
E quando a chuva caia,
Se desfazia...
Passareava entre as pedras,
E pelas ruas corria...
Regava o meu jardim...
Passareando entre as flores.
Passareava na praça...
Germinando os amores.
Gostava da sua vida,
De tanto passarear,
A vida livre que tinha,
Que nem precisava sonhar.
Conhecia o mundo todo,
Do nascer do sol ao luar...
Descansava no topo do monte,
Ouvindo os pássaros a cantar...
E ao cantar... passarear...
Rejane Alves