HOLLOW EVEN
Abrakadabra,
A noite é makabra
De fantasias e máscaras
As bruxas andam soltas
Batendo pelas portas
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Reluzem as abóboras
Corrupiam as corujas
Revoam os morcegos
Florescem os cogumelos
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Retire o espantalho
O coringa do baralho
Prá não te lançarem maldição
E venha a te minguar o pão
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Recheie uma bandeija com doces
Prá que não te murchem as flores
Não levem teu gato preto
Prá servir de amuleto
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Não te deixe deslumbrar
Se um príncipe te visitar
Ele é só um sapo encantado
Foragido do banhado
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Deite a vassoura virada
Prá que não voe janela a fora
Desate o cordão do sapato
Prá que não se multipliquem os ratos
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Não te mires no espelho
Use a meia ao avesso
Prá magia nenhuma te surtir
E venha a te crescer o nariz
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Quando a lua se apagar
E a noite das bruxas findar
Verás que não é tão makabro
Teres virado num sapo
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Pois no ano que vem
Tem de novo Halloween,
Talvez possas voltar para casa
Numa vassoura montada
Em troca de doces e abóboras...
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