NOSTALGIA DA INFÂNCIA... (1), (2), (3), (4), (5)

BALEIA

... Corríamos num pé só,

Um no centro quanta dó!

Feito de bobo a pegar

Quem a vila atravessava.

Dum lado ao outro da calçada

Tocando ia a garotada,

O primeiro que tocava

Na próxima ia pegar.

Quem pego era saía fora

´Té que sobrava só um

Que ganhava a brincadeira

Que chamávamos: Baleia.

QUEIMADA

Quatro era p´ra cada lado,

Uma bola de borracha,

Um no fundo com as mãos

“Joga” a bola pr’outro lado.

Tentava a bola acertar

Num garoto doutro lado,

Se a bola nele tocava

Ele saía eliminado.

Seguia o jogo alternado

Cada hora atacava um time

Até que um sem ser queimado

Dava a vitória pr´um time.

PEGA-PEGA

Tinha sempre o pegador

Pela vila ia a correr

Para tudo quanto é lado

Para pegar quem correr.

E cada carro era um piques!

Lá não podia pegar.

Quando um de nós era pego

Ajudava o pegador.

Até que um muito ligeiro

Vencia ao não levar pega

E quem foi primeiro pego

Reiniciava o pega-pega.

QUENTE OU FRIO

Quando tinha apenas dois

Quente ou frio aparecia

Um pedaço de papel

Lá na vila se escondia.

Um escondia e outro achava

Pela vila andava e ouvia:

- Tá frio, tá morno, tá quente!

Por ali que se escondia

O pedaço de papel

Que depois de encontrado

O outro era quem escondia

Para ser de novo achado.

ESCONDE-ESCONDE

Alex contava até cem

Com os olhos bem fechados

Para a gente se esconder

Para tudo quanto é lado.

Do piques a procurar

Nas casas, atrás dos carros.

Quando achava alguém, gritava:

- Raquel, atrás do opala azul.

Corria lá para o piques:

- Está pega. E ela o esperava

A procurar o pessoal

Que escondido ainda estava.

Contudo, se ao piques fossem

Todos, antes dele achar

E gritassem: - eu tô salvo!

De novo ia procurar.