(Menino de Rua)
Menino de rua, roda
Em cima de seu invento
Soltando suas mágoas
Num vai e vem contra o vento
Seu rolimã desce a rua
O vento é seu cobertor
No rosto estão as marcas
Da vida que lá deixou
Menino de rua quer mais
Saber qual seu destino
Mergulhado em seu mundo
Precisa mesmo é de carinho
Sem roteiro vai rodando
A procura de aventuras
Que lhe sirva de alimento
Para suas travessuras
O boné na cabeça, esconde
A dureza de sua vida
O vento no rosto desfaz
A amargura sofrida
Não tem ponto de chegada
Órfão da PÁTRIA querida
Vive a vida sem rumo
Desejando uma guarita
Tu és filho deste mundo
Sofre pedindo paz
No seu corpo de criança
Se esconde um homem capaz