"POESIAS DE BRINCAR" - Balanço

Nos galhos da quixabeira

Ou de uma árvore frondosa

Armávamos nosso balanço

Bastava uma boa corda

Pra assento uma tábua

Ou uma madeira próxima

Uns dez nós pra ficar seguro

Um amigo pra dar impulso

E era só começar a travessura

Ê balancê!

Vem me balançar!

Leva-me aonde vão às aves

Deixe-me as nuvens tocar

Ê balancê!

Põe-me a rodopiar!

Aguento o tranco do balanço

Garanto, não vou gritar!

Ê balancê!

Deixe-me o céu tocar

Aguento o sopro do vento

Eu posso, já sei voar!

in "Poesia de Brincar"