Minha Princesa

Princesa sem cetro,

coroa ou fantasia:

na verdade, minha rainha.

Negra, esbelta,

dentes alvíssimos,

elegância implícita:

sempre solícita.

Bens materiais?

Uma casinha de madeira

no quintal, seu pedestal.

Sorriso franco:

a cauda abanando!

Submissa quando repreendida.

Genuína vira-lata,

uma estirpe discriminada.

Um dia minha Princesa partiu.

Confesso: chorei!

Mas, descobri em sonhos

que, no céu,

as almas dos cães

tem carinho e atenção:

brincam com bolinhas de nuvens

com os anjinhos de plantão.


Rogoldoni
05 10 2012



Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 08/10/2012
Código do texto: T3922244
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