Borboleta Dourada

Certo dia,

Encontrei triste e sozinha,

Descolorida ao pé da estrada

Uma Borboleta dourada

Que, em prantos molhava

As suas já desbotadas asas.

Comovido e quase sem fala

Perguntei ao grilo que ali passava

O que realmente tinha acontecido?

Pois, para mim não fazia sentido

O que acabara de ver naquela estrada.

E, meio entristecido,

Ele olhava-a de uma certa distância

Porque, de fato não acreditava e,

Aquele fenômeno até lhe dava ânsia.

Pois, infelizmente presenciara

A Borboleta de repente se sentir mal

Após voar quase toda manhã,

Ensolarada e onde até a romã

Sorria para ela toda cheia de graça.

Porque ninguém francamente imaginava

Que a Borboleta dourada repentinamente iria mudar

E, para castigo, nunca mais poder voar.

Nessa metamorfose de arrepiar

Que nem os cientistas de fama

Sabem direito explicar.

E assim, aconteceu...

Naquele dia espetacular,

A Borboleta perdeu o seu apogeu

De uma maneira tão estranha

Mas, ao mesmo tempo, bem peculiar.

By Silvio Parise

Publicado em 2012 no livro " Fábulas/Fables ", editado pela Editora Sucesso.

ISBN 978 - 85 - 89091 - 71 - 8

http://www.recantodasletras.com.br/autores/silvioparise

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 12/06/2012
Reeditado em 11/08/2012
Código do texto: T3719576
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