O Gigante
Era mesmo um gigante
Bojudo feito barril
Mas por dentro do corpo enorme
Batia um coração gentil.
Quando chegava à pequena vila
Rugindo feito um leão
Ninguém jamais fugia
Do seu jeito bonachão.
Mas nem sempre foi assim
Antes todos tremiam de medo
E desse feio preconceito
Ninguém fazia segredo.
Ele chegava bem cedo
Querendo conversar
Sentia-se tão sozinho
Que começava a chorar.
Quem mudou essa história
Foi uma doce menininha
Ao ver os pingos tão grandes
Sentiu o amor que ele tinha.
Chegou-se devagarzinho
Não ouviu nenhum senão
Aconchegou-se no seu colo
E lhe deu a sua mão.
O gigante então sorriu
Diante da boa ação
Começava a linda história
Deu a todos uma lição.
Desse dia não se esquece
Toda a gente da cidade
Aprenderam do belo gesto
O valor de uma amizade.