A Casa Abandonada
No meio da rua havia uma casa,
Uma casa abandonada.
Não tinha pinturas,
Não tinha móveis,
Nem gato, nem cachorro.
Não tinha crianças brincando no terreiro,
Nem gente cozinhando,
E ninguém lá ia para nada.
Era uma casa largada,
Sem alegria, sem cor, sem vida.
Bem diferente da minha,
Limpa, cuidada e quentinha,
Com gente entrando e saindo,
Confusão de criança,
Cheiro bom de almoço esquentando nas panelas,
Papai e mamãe por perto,
E mais um bebê a caminho.
Uma casa cresce,
Como se fosse pessoa,
Ma morre se não cuidamos dela.
Sua grande alegria é ser lar.
No meio daquela rua,
Entre tantos lares,
Havia uma casa morta,
E gente sem casa
Andando na rua,
Querendo um lar para morar.