= Fantasias de crianças =
= Fantasias de crianças =
Subia na árvore,
Olhava a imensidão do mundo
Encantava-me.
“Mundo grande” pensava eu.
O que existirá além da minha visão?
Mudava de galho,
Olhava de outro lado.
Terá, com certeza, monstros,
Dinossauros que comem gente,
Bruxas de nariz grande,
De risadas escandalosas,
que assustam as crianças.
Quem sabe gigantes que comem pessoas.
O tempo passou...
A árvore que fantasiava meu mundo
Não mais existe.
Percorri os outros lados do mundo
Monstros, dinossauros, bruxas e gigantes,
Fizeram-se pequenos
Diante dos desafios.
Hoje, tal e qual Dom Quixote,
Desafio os meus moinhos de vento.
Medo? Apenas da solidão.
Antônio Tavares