MEU AVÔ

Sol profundo,

de poesia e Rebeca...

Que mais queria no mundo,

aquela menina sapeca?

Falava de poesia

com a mesma alegria

de se brincar com boneca.

Escreva um verso

sem medo e sem dó

Costure sobre o avô...

- Disse: avô e não avó.

O pensamento voou,

à sombra do abacateiro.

Um gemido negro de dor,

doia o corpo inteiro.

Figura doente,

sem eira e nem beira

veio a mente

veio a eira.

Alma de avô

apagada na lembrança.

Envolveu-se de saudade,

senti cheiro de criança.

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SILVIA TREVISANI
Enviado por SILVIA TREVISANI em 04/03/2012
Reeditado em 20/03/2012
Código do texto: T3534895
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