MEU AVÔ
Sol profundo,
de poesia e Rebeca...
Que mais queria no mundo,
aquela menina sapeca?
Falava de poesia
com a mesma alegria
de se brincar com boneca.
Escreva um verso
sem medo e sem dó
Costure sobre o avô...
- Disse: avô e não avó.
O pensamento voou,
à sombra do abacateiro.
Um gemido negro de dor,
doia o corpo inteiro.
Figura doente,
sem eira e nem beira
veio a mente
veio a eira.
Alma de avô
apagada na lembrança.
Envolveu-se de saudade,
senti cheiro de criança.
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