Abelhinhas Rebeldes
A primavera linda,
ia perfumada a meio...
Flores belas,
centenas delas,
e a poesia em devaneio...
E assim destilados de mim,
os versos cantavam a natureza,
sabiás, juritis e tucanos,
tuiuius e chopins profanos,
desfilavam ali sua beleza...
E de repente,
uma nuvem amarelada,
plantou um zunido ao sul.
Me revirei na palhada,
esqueci-me da passarada,
e mirei o lindo céu azul.
Era um enxame de abelhinhas
destas amarelas sem ferrão,
vieram e pousaram na calha,
depois numa pequena falha,
sumiram na parede do galpão...
Quando há muitas num enxame,
repartem-se, são coisa naturais,
dividem-se em duas familias,
como os filhos e filhas,
que um dia distanciam-se dos pais...