A Violeta e a Borboleta

No beiral da janela,

a violeta estava.

Cortinas brancas

esvoaçantes.

A flor roxinha sorriu

com um brilho de cristal

em suas pétalas pela luz

do sol que entrava fresqinha.

Piscou como quem pisca

para um amor.

Apareceu corajosa borboleta

dando no balanço da cortina

piruetas para beijar as pétalas

da mimosa formosura.

Com sua comprida língua,

enrola e desenrola,

lambeu, da flor, a íngua

saliente (miolo) amarela.

Piscou em aval, como quem pisca

para contar um segredo.

Sorriu e borboleteou.

Foi embora deixando

a sós a graciosa violeta

com sua cortina de voal.

L.L. Bcena, 13/06/2000

POEMA 519 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 02/11/2011
Reeditado em 03/11/2011
Código do texto: T3312918
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