COELHINHO E O ELO PERDIDO
Um coelhinho desgarrado da ninhada
Perdido sem pai, sem mãe,
Procurava achar um lar
Não cansava de procurar
pelo vale, da terra de ninguém.
Encontrou a Senhora Raposa
E logo foi lhe perguntar,
Senhora Raposa, quer ser minha mãe?
Mas a raposa com desdém
Pensou mesmo é no seu jantar.
Continuando a saltitar
Viu uma jaguatirica a correr,
O inocente que só conhecia o bem
Perguntou quer ser minha mãe?
A jaguatirica; respondeu, não, quero é te comer.
Viu então uma enorme águia
Nos céus a sobrevoar
Perguntou Dona águia,
a senhora não quer me adotar?
A águia com má intenção
Se aproveitando da situação
Pensou logo em o devorar.
Daí uma coruja fada apareceu
Com um bastão encantado veio ajudar,
Afastou a águia assanhada
Indicou-lhe uma estrada
Onde alguém o poderia adotar.
O coelhinho seguiu pela estrada
Risonho sempre a saltitar,
Encontrou uma toca vazia
E se aconchegou por um dia
Para poder pernoitar,
Ao anoitecer chegou uma família
De coelhos, que disse ali morar,
Era um coelho e uma coelhinha
Três jovens, uma gracinha
E pediram pra ele ficar.
Este coelhinho perdido da mãe
Que a procurava sem encontrar,
Ficou morando com aqueles amigos
Agora longe dos perigos
Pra depois a mãe procurar.
Uma noite perguntou à coelhinha
Você não quer ser minha mãe?
Ela ficou muito contente
E reunindo a família urgente
Disse, agora ele é da família também.
Na conversa do dia a dia
Tudo se esclareceu,
Aquela família unida
Era a mesma família perdida
Da qual um dia ele se perdeu.
J. Coelho