COELHINHO E O ELO PERDIDO

Um coelhinho desgarrado da ninhada

Perdido sem pai, sem mãe,

Procurava achar um lar

Não cansava de procurar

pelo vale, da terra de ninguém.

Encontrou a Senhora Raposa

E logo foi lhe perguntar,

Senhora Raposa, quer ser minha mãe?

Mas a raposa com desdém

Pensou mesmo é no seu jantar.

Continuando a saltitar

Viu uma jaguatirica a correr,

O inocente que só conhecia o bem

Perguntou quer ser minha mãe?

A jaguatirica; respondeu, não, quero é te comer.

Viu então uma enorme águia

Nos céus a sobrevoar

Perguntou Dona águia,

a senhora não quer me adotar?

A águia com má intenção

Se aproveitando da situação

Pensou logo em o devorar.

Daí uma coruja fada apareceu

Com um bastão encantado veio ajudar,

Afastou a águia assanhada

Indicou-lhe uma estrada

Onde alguém o poderia adotar.

O coelhinho seguiu pela estrada

Risonho sempre a saltitar,

Encontrou uma toca vazia

E se aconchegou por um dia

Para poder pernoitar,

Ao anoitecer chegou uma família

De coelhos, que disse ali morar,

Era um coelho e uma coelhinha

Três jovens, uma gracinha

E pediram pra ele ficar.

Este coelhinho perdido da mãe

Que a procurava sem encontrar,

Ficou morando com aqueles amigos

Agora longe dos perigos

Pra depois a mãe procurar.

Uma noite perguntou à coelhinha

Você não quer ser minha mãe?

Ela ficou muito contente

E reunindo a família urgente

Disse, agora ele é da família também.

Na conversa do dia a dia

Tudo se esclareceu,

Aquela família unida

Era a mesma família perdida

Da qual um dia ele se perdeu.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 28/10/2011
Código do texto: T3302597
Classificação de conteúdo: seguro