BRINCAR, SORRIR, BRINCAR.

Existência serena, nada igual, saudades.

Ser criança, inocente, pura, imprevísivel,

Que num ímpeto sai correndo, cai, levanta,

Ameaçando chorar, mas malandrinha sorri,

Desarmando preocupações até da mamãe.

A gargalhada é o desfecho gostoso que saí.

E se um machucadinho existiu na queda,

Só um beijo é necessário para o lamurio,

Beicinho malandro que mostra seu dodói.

Nada se compara à graça da criança,

Criatura especial que vem alegrar os lares,

E se um botão de rosa começa à se abrir,

Quem sabe a flor bonita tem cumplicidades,

Pois ambas são lindas e muito perfumadas.

Nos sorrisos os primeiros dentinhos mostra,

Alguns afiados para testar o pai brincalhão,

Que fingindo ser distraído e imprudente,

Coloca seu dedo na boquinha insaciável,

E a resposta é a mordida às vezes dolorida.

Depois, num ímpeto que ninguém esperava,

Solta um grito e corre na sua insegurança,

Pois os músculos das perninhas meio tortas,

Não lhe dão o ímpeto do atleta que quer ser,

E novamente caí agora soltando gargalhadas.

Bendita criaturinha que alivia até cansaços,

Mesmo que o dia tenha sido tão desgastante,

Mas o aconchego doce do abraço apertado,

Desarma as preocupações que possam existir,

E o desfecho depois é contemplá-la dormindo.

29-09-2011