Balé da Natureza
A borboleta branca voou alto
Por entre a copa da paineira.
Ao bater asas aspergia reflexos ultravioletas
Que atingiam os chumaços das painas.
Emprestavam seu brilho dando à paina suas luzes.
As diversas painas, frutos da árvore,
Pareciam borboletas felpudas, bizarras.
Foram sopradas pelo vento e saíram voando
Competindo com a verdadeira borboleta branca.
Quem ganhou foram os olhos.
Contemplavam beldades
Que bailavam e rodopiavam no ar.
Uma batia suas asas majestosamente
Refletindo raios.
Outras voavam ao sabor do vento
Em um indo e vindo.
Bailavam e rodopiavam.
Não sabiam para onde iam,
E nem para onde vinham.
Bailavam sob à orquestra do vento.
Provocavam admiração aos olhos
Que assistiam este festival de brancura no ar.
Brancura que refletia a paz inspirada
Por aquela companhia de balé.
L.L. Bcena, 24/03/2000.
POEMA 403 – CADERNO: LÍRIO AMARELO.