Pirlilim e Azulim são dois amigos
Que sigo na minha imaginação...
De menino ao cair da chuva...
Na cidadizinha do meu coração!
Pirlilim... sempre disposto, parece um garoto
Sorriso maroto... alegria da criançada...
Que vive na calçada à revelia... a fazer folias!
Ao romper do dia...
Azulim... sempre querido... por todos...
Amigo extremoso... que divide... o que tem...
De mil réis... a cem... não importa... a quem!
Conheci-os na praça da matriz...que está... por um triz
Num dia da Quermesse do Padre Josué
Que lá ficou a vender... delícias e prendas
Cocada, cural e mingau
Mariolas, pirulitos, bolas
Bordados, santinhos e sacolas
No Bazar das Carolas!
Pirlilim... um dia saiu... bem cedinho...
A pedido da Vovó...
Ir a quitanda... comprar...
Umas coisinhas...
Par'a hora do café...
Azulim... bem sabido, de pronto
Acompanhou o amigo...
Que de cara... se animou
Ao saírem bem juntinhos!
Mas, ao descerem... à ladeira... felizes...
Pularando... de lá pra cá, de cá pra lá...
Na ladeira... do Rola Moça...
Um caminhão... desgovernado... os atingiu...
Manchando o chão... batido... vermelhiço...
Sangue vermelhado, abençoado... dos companheiros!
Dois amigos inseparáveis...que até na hora da morte...
Partiram juntinhos... sem se despedir... da criançada...
Que ficou na calçada... a chorar... a morte...
Dos dois amigos - inseparáveis!
Pirlilim e Azulim... são ícones... da minha infância...
Que se foi... naquela tarde... fatídica!
Que os levou sem nada... e à cidade... dormente...
Ficou a chorar...à terrível fatalidade em pesar!
Ao velar com reverência..em silêncio...
Lágrimas nos olhos e rostos bem pintados das crianças
Ao tatuarem na pele a lembrança sincera dos amigos... palhaços!
Hoje... viraram estrelas... cadentes... refulgentes...
No céu da gentil e pacata cidade...que em silêncio...
Contemplava... o semblante... suave... dos meninos... travessos!
E eu, na minha meninice... apenas...
Pranteava... a morte... dos meus dois grandes amigos...
Que agora se transformaram em pontinhos de luz....
Gotinhas abençoadas feito nuvens... de algodão... doce no céu
Ao escorrer... pela minha face... silenciosamente...
Ao inundar... o meu...coraçãozinho... de menino!
Coraçãozinho... entristecido...pela ausência...
Dos meus dois amigos:
Pirlilim e Azulim...
Agora, estrelas... no céu anil
Iluminando... toda gente...
Que se sente... como eu:
Ridente, contente...
Ao tirar da cartola...
Lembranças boas...
Nesse mundo de cão
Que por ironia...ou não
Morreram... no dia...
Da procissão!
Que sigo na minha imaginação...
De menino ao cair da chuva...
Na cidadizinha do meu coração!
Pirlilim... sempre disposto, parece um garoto
Sorriso maroto... alegria da criançada...
Que vive na calçada à revelia... a fazer folias!
Ao romper do dia...
Azulim... sempre querido... por todos...
Amigo extremoso... que divide... o que tem...
De mil réis... a cem... não importa... a quem!
Conheci-os na praça da matriz...que está... por um triz
Num dia da Quermesse do Padre Josué
Que lá ficou a vender... delícias e prendas
Cocada, cural e mingau
Mariolas, pirulitos, bolas
Bordados, santinhos e sacolas
No Bazar das Carolas!
Pirlilim... um dia saiu... bem cedinho...
A pedido da Vovó...
Ir a quitanda... comprar...
Umas coisinhas...
Par'a hora do café...
Azulim... bem sabido, de pronto
Acompanhou o amigo...
Que de cara... se animou
Ao saírem bem juntinhos!
Mas, ao descerem... à ladeira... felizes...
Pularando... de lá pra cá, de cá pra lá...
Na ladeira... do Rola Moça...
Um caminhão... desgovernado... os atingiu...
Manchando o chão... batido... vermelhiço...
Sangue vermelhado, abençoado... dos companheiros!
Dois amigos inseparáveis...que até na hora da morte...
Partiram juntinhos... sem se despedir... da criançada...
Que ficou na calçada... a chorar... a morte...
Dos dois amigos - inseparáveis!
Pirlilim e Azulim... são ícones... da minha infância...
Que se foi... naquela tarde... fatídica!
Que os levou sem nada... e à cidade... dormente...
Ficou a chorar...à terrível fatalidade em pesar!
Ao velar com reverência..em silêncio...
Lágrimas nos olhos e rostos bem pintados das crianças
Ao tatuarem na pele a lembrança sincera dos amigos... palhaços!
Hoje... viraram estrelas... cadentes... refulgentes...
No céu da gentil e pacata cidade...que em silêncio...
Contemplava... o semblante... suave... dos meninos... travessos!
E eu, na minha meninice... apenas...
Pranteava... a morte... dos meus dois grandes amigos...
Que agora se transformaram em pontinhos de luz....
Gotinhas abençoadas feito nuvens... de algodão... doce no céu
Ao escorrer... pela minha face... silenciosamente...
Ao inundar... o meu...coraçãozinho... de menino!
Coraçãozinho... entristecido...pela ausência...
Dos meus dois amigos:
Pirlilim e Azulim...
Agora, estrelas... no céu anil
Iluminando... toda gente...
Que se sente... como eu:
Ridente, contente...
Ao tirar da cartola...
Lembranças boas...
Nesse mundo de cão
Que por ironia...ou não
Morreram... no dia...
Da procissão!