O CAÇADOR TRAPALHÃO

Sua arma pegando, o cachorro chamando,

Vai caminhando, o caçador trapalhão.

Magro e cansado, levanta, espreguiça

E o segue, o velho Sultão.

O que há lá no chão?!...

Mas, é um lindo faisão!

Caçar simples aves?...

Ah, isso é que não!

O que quero mesmo

É um belo leão.

Cuidado, Sultão!...

Ouço um barulho pra lá.

O que será?!...

Cauteloso e assustado

Procura o que há.

De repente a tensão se desfaz,

Pois, olha pra trás e...

Ora, Sultão!...

O que está fazendo aí com esse osso?!...

Não sabe que aqui se você se distrai

Perde o pescoço?!...

Vamos, não fique parado,

Seu abobalhado!

O seu dever é sair farejando

E não ficar aí mastigando.

Levante e encontre logo o leão.

Senão eu o mato, pedaço de cão!

ROOOOAAAARRRRRRRR ...

Cabelo eriçado, olhar espantado,

Corpo tremendo, pernas correndo,

Deixando pra trás o pobre Sultão.

O caçador trapalhão,

De tanto medo, está quase morrendo.

Quase para o seu coração!...

Neste momento o que ele mais quer

É chegar ao barraco,

Trancar-se no quarto

E não sair nunca mais.

Também!... O covarde que é!

Hum!... Caçador de leão!...

Mas que pretensão!

Não passa mesmo é de um trapalhão.

E ainda complica o pacato Sultão!

(Poesia extraída do meu livro infantil: Planeta Terra - Mundo de Gente Feliz)

Julieta Bossois
Enviado por Julieta Bossois em 21/07/2011
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