O CAÇADOR TRAPALHÃO
Sua arma pegando, o cachorro chamando,
Vai caminhando, o caçador trapalhão.
Magro e cansado, levanta, espreguiça
E o segue, o velho Sultão.
O que há lá no chão?!...
Mas, é um lindo faisão!
Caçar simples aves?...
Ah, isso é que não!
O que quero mesmo
É um belo leão.
Cuidado, Sultão!...
Ouço um barulho pra lá.
O que será?!...
Cauteloso e assustado
Procura o que há.
De repente a tensão se desfaz,
Pois, olha pra trás e...
Ora, Sultão!...
O que está fazendo aí com esse osso?!...
Não sabe que aqui se você se distrai
Perde o pescoço?!...
Vamos, não fique parado,
Seu abobalhado!
O seu dever é sair farejando
E não ficar aí mastigando.
Levante e encontre logo o leão.
Senão eu o mato, pedaço de cão!
ROOOOAAAARRRRRRRR ...
Cabelo eriçado, olhar espantado,
Corpo tremendo, pernas correndo,
Deixando pra trás o pobre Sultão.
O caçador trapalhão,
De tanto medo, está quase morrendo.
Quase para o seu coração!...
Neste momento o que ele mais quer
É chegar ao barraco,
Trancar-se no quarto
E não sair nunca mais.
Também!... O covarde que é!
Hum!... Caçador de leão!...
Mas que pretensão!
Não passa mesmo é de um trapalhão.
E ainda complica o pacato Sultão!
(Poesia extraída do meu livro infantil: Planeta Terra - Mundo de Gente Feliz)