A FORMIGA E A POMBA *

Sentindo a formiga
Cansaço, fadiga
Num rio foi entrar
Pra sede matar

A pobre coitada
É logo arrastada
Sem força, indefesa
Pela correnteza

A pomba num galho
Vê seu atrapalho
Não tem outra escolha
E solta uma folha

A folha boiando
Acaba salvando
Aquele animal
Da sina mortal

Festejam os dois
Um tempo depois
Um homem do mal
Sai do matagal

O cara escondido
Não é percebido
Perigo iminente
Pra pomba inocente

O vil caçador
Sente grande dor
Dá-lhe ferroada!
Formiga danada!

Mas que maravilha!
Cai sua armadilha
A pomba se espanta
E voa da planta

Restou a lição
Linda gratidão
Mostrou o inseto
Ajudou tal ave
Num momento grave
Do modo correto

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* Adaptação da fábula de Esopo