MATARAM A VIDA


Cortaram a minha bela paineira
não vejo nem sinal da laranjeira,
meu pequeno regato está poluido...
Mataram tudo, sem nenhuma piedade
não respeitaram minha saudade,
encontro tudo por aqui destruido...

O homem com sua eterna ganância
só não assasinaram minha infancia,
por que está bem guardada no coração...
Sem mais espaços para seus ninhos
até aquela variedade de passarinhos,
foram embora, perderam a habitação...

Esse progresso que só a vida destrói
provoca em mim sentimento que dói,
ao ver o crime cometido nesse lugar...
Nos rios, já não existe mais o lambarí
e nos céus, nem o cantar do benteví,
o que tem de sobra, e vontade de chorar...

Nun futuro,que não está muito distante
a fauna daqui, que era tão abundante,
para seus filhos, somente em fotografia...
No lugar da floresta,só um imenso vazio
mataram tudo, poluiram o lago e o rio,
sobre os animais? Só em alguma poesia...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/05/2011
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