AJUDEI UMA CRIANÇA A SORRIR.

Procurei a garotinha que já conhecia.

Quietinha no seu leito de dor que dormia,

E eu, incomodado perguntei para a mãe,

O que tinha acontecido com a Luaninha,

E a mãe com lágrimas nos olhos respondeu,

Ela passou muito mal e agora já melhorou.

Fui atrás de outras meninas já acordadas,

E pedindo licença já fui contando histórinhas,

Do cachorrinho trovão, da joaninha e dos Anjinhos,

Dos palhaços patati e patatá e outros bichinhos,

Do arco-iris sapéquinha e da oncinha Dadá,

E elas esquecendo das dores para mim sorriam.

Busquei depois a Luaninha que já tinha acordado,

E notando o rostinho triste e olhinhos tão fundos,

Contei para ela da Nina, a minhoquinha dançarina,

Mostrando depois a histórinha do garotinho Jiló,

Um menino que se fantasiou de mosquito da Dengue,

Para ensinar eliminar as larvas e a doença acabar.

Feliz por ver a Luaninha já esboçando sorrisinhos,

Fui então para nova missão na Pastoral do Menor,

Onde as criancinhas do Querubim já me aguardavam,

E num alvorôço como se fossem abelhinhas rodeando,

Foram me abraçando para com elas sentar no chão,

E depois muito atentas ouvirem outras histórinhas.

Contei também do menino Jiló fantasiado de Dengue,

E perguntando da doença todas sabiam responder,

Como evitar para que muitas ficassem doentinhas,

E diziam que não se pode deixar vasilhinhas com água,

Mesmo que pequeninas pois as larvas podem ali criar,

Até que contem a fábula "Onde está o meu nariz"?.

Contém também da bonequinha Jujuteca Sapeca,

E do Universo Infantil onde existem só brincadeiras,

Como também dos Anjinhos que nas nuvens descem,

Tocando flautas, guitarras, são alegres e fazem farra,

Para criancinhas pobrezinhas que moram em favelas,

E beijando todas deixam-nas felizes e sorridentes.

Feliz e recompensado pedi aos Anjinhos proteger,

As queridas recantistas que me enviam histórinhas,

E com elas posso trazer muitas alegrias e sorrisos,

Para a Luaninha do Regional que esboçou um sorriso,

Com também das criancinhas da Pastoral tão pobrezinhas,

Pois em seus barracos ninguém lhes conta histórinhas.

19-05-2011