Aqui se paga o peso da consciência

Seu Jair não se acanha

Na hora de vender banha

Faz reserva para sua pança

É um roubo sua balança

Não chegou aos novecentos

Ela já está marcando mil

Roubando grama o avarento

Se transforma no mais vil

Quem freqüenta sua bodega

Não esconde o seu temor

O vício dele não dá trégua

Quanto pesa o seu isopor

Quem ali compra fermento

Para crescer o pão caseiro

A levedura sofre aumento

Seu Jair é um trapaceiro

Não o segue na trapaça

Sua mulher e sua filha

Se tivesse uma comparsa

Formariam uma quadrilha

Sua mulher desconfiada

Não confia em parentesco

Esconde a grana na privada

O vício dele é grotesco

Quando houver juízo final

A pena dele vai ser amarga

Ninguém lá em cima é venal

Vão lhe dar a justa carga

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 24/04/2011
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