Operário quase em Construção
Dona Fia, cadê o Andrada?
Não é dele esta enxada?
Deixou ontem em meu bar
Como poderá capinar?
Ele que já foi coveiro
Jogava bocha em terreiro
E quando aparecia por lá
Lá deixava sua pá
Já tentou ser motorista
Alegava problema de vista
Prurido lhe dava na mão
Era alérgico à direção
Já trabalhou na Igreja
Que permaneça, assim seja
perdoou-se com o vigário
pois dormiu no campanário
Ao tratar da tartaruga
Seu ânimo se viu em fuga
Disse que o bicho era rebeldia
De tanto que ela corria
Foi bedel lá na escola
E deixou de bater o sinal
No dia não teve gramática
Foram cinco aulas de matemática
Dona Fia me desculpe
Que ninguém o Andrada apupe
Se ajudante na Criação
O mundo estaria em construção