CONTAR ESTRELAS
Noite escura sem luar.
A criançada na calçada a brincar,
Olha para o céu a procurar,
Brilhantes estrelas para contar.
Uma, duas, três na imensidão.
Contava cada uma sem parar.
No espaço paira a escuridão,
No firmamento, estrela a brilhar.
Divertimento sem igual.
A garotada experimentava.
Explorar o espaço sideral,
Da brincadeira, conquistava.
Olha, as ditas três marias,
Sempre juntas a viajar.
Exclamavam os atentos espias,
Na aula prática sem luar.
Veja o Cruzeiro do Sul.
Parece a cruz da esperança.
De braços abertos orienta e conduz
Navios, ao porto, com segurança.
A estrela Dalva maravilhosa.
Sua luz a irradiar,
Astro força grandiosa,
Brilhar, brilhar sem parar.
Um risco luminoso de repente.
Risca o céu em raio fulgente.
Divide a opinião da gente.
Será uma estrela cadente?
Em algum lugar ela caiu.
Tomara que não seja por aqui.
Desceu do céu e fugiu.
Deve estar perdida por aí.
Estes pensamentos passavam
Pelo imaginário infantil.
Todos se encabulavam
Com aquela queda sutil.
Voltar para casa,
e um sonho sonhar.
À fantasia criar asa,
Para poder continuar.