Um dia de chuva...

Dia de chuva.

Crianças correndo pelos corredores da casa

tão livres que mais parecem pássaros voando

[no céu...

Uma esbarrando na outra, e, entre um choro

e outro, uma risada pura revela a face oculta

[de Deus.

É uma festa que nem tem como explicar.

Uma corre, outra fala sem parar, outra canta,

mais uma se esconde atrás do sofá, quase

roçando a cabeça na quina. Logo, sobe aquele

[arrepio:

- Lá vou eu!

- Pode vir... (Bem baixinho...)

- tá quente?

- tá frio... (Mais baixinho ainda...)

No jardim ao lado, a biqueira enorme quase

afunda a nuca da caçula. A irmãzinha atenta,

sem contar pipoca, arrebenta e grita:

- Sai daí, Frida!

- Puft!... E mal se vê a sombra da levada...

O banheiro livre se torna em um formidável

esconderijo para escapar da bruxa do mal...

É o que pensa Francisco, enquanto verifica

se alguém o invade, e, que se esse alguém

não seja sua irmã do meio, Jade.

Entre um sim e um não, um leva uma palmada

[na bunda.

(Ai! Deve ter doido um bocadão!)

Até que, no fim das contas, quem pagou o pato

foi aquele que, de todos, o mais quietinho era...

- Tadinho do João!

E a farra não acaba para a menininha franzina

que adora cantar, dançar e fazer aquela folia;

Estou me referindo à uma florzinha angelical

[chamada Sofia.

(A ins-piração pra fazer este poeminha

me veio ao ouvir a canção "Um dia perfeito"

da nossa lendária banda Legião Urbana.)

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 23/02/2011
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2809615