O Marimbondo Caçador
O corpo esguio não denuncia a fera,
o seu caminhar não é de um predador,
há beleza em seu voar na primavera,
e também parece distante a dor!
Primeiro a ansia de achar sua presa,
depois de achada o estranho ritual,
não há carinho agora, e nem beleza,
apenas a dor da ferroada final!
Embora a ferocidade do oponente,
o marimbondo segue seu instinto,
e indiferente ao que a aranha sente,
a seguirá e abaterá em qualquer labirinto!
Mas há um motivo para a caçada,
e mais na hora em que ele da o bote,
não pode perder a aranha cercada,
porque espera a comida, o seu filhote!
Gostaria de ver esta tal determinação,
nos homens que comandam toda a terra,
não para a morte ou a fatal extinção,
mas para o amor que esta poesia encerra!
Malgaxe