O PÁSSARO AZUL
Havia um pássaro tão belo,
Que toda manhã cantava.
Seu canto suave e lindo
Ecoava entre as casas
Do pequeno vilarejo.
O menino admirava
As cores daquele pássaro.
Era azul sua plumagem
E ele se destacava
Entre os outros passarinhos.
E o menino maldoso
Queria aquela ave
Para ser somente sua.
E certo dia então;
Armou aquela armadilha...
E as sementes apetitosas
O pássaro azul atraiu,
E ali, preso ficou!
E o menino exibia
O pássaro azul prisioneiro
Numa gaiola de ouro.
O pássaro azul, emudeceu...
Modificou suas cores
E ficou acinzentado.
O menino ficou triste
Vendo o seu passarinho
Amuado e doente.
O seu pai então lhe disse:
- Filho, o que você fez
Foi tirar a liberdade
Desse pobre passarinho!
E o menino entendeu
Que seu pai tinha razão,
Porque sem a liberdade
Não há força de expressão.
E se temos liberdade
Para agir, cantar, sorrir,
Não se pode coagir
Nenhum ser que aqui vive.
E pegando a gaiola
Abriu sua pequena porta,
E falou pro passarinho:
- Meu querido pássaro azul,
Perdoe-me do que eu fiz,
Pois agora compreendi
Que a sua liberdade,
Era a sua própria vida!
Segue sua vida livre e feliz
E que seu canto tão lindo,
Seja para todos nós
O canto da liberdade!
E o pássaro se foi...
Foi voando livre e solto
E suas cores voltaram,
E o seu canto também.
E novamente voltou
A cantar toda manhã
Naquele mesmo lugar.
E o menino agora
Aprendeu a lição...
De que a liberdade
Não se pode coibir.
There Válio – 04-12-2010