Batento um pato, perdão, um papo

De tão sozinho ele ficou

Que aprendeu falar com o pato

Sendo um pato de Moscou

O seu nome era Sem Sato

Já trocava alguma idéia

Com seu gato siamês

Que trouxeram da Indonésia

E só falava o japonês

Pastor belga, fiel amigo

Foi criado lá na França

Dividia aqui seu abrigo

Com o idioma de criança

Um papagaio tupiniquim

cheio de sotaque do norte

quando falava o bixim

só se entendia por sorte

falava com seus botões

de um casaco escocês

fechava a roupa como vilões

e pedia perdão em inglês

dentro de quatro paredes

se montou um poliglota

tantas nações em sua rede

que a ONU o quer de volta

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 05/11/2010
Reeditado em 05/11/2010
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