Batento um pato, perdão, um papo
De tão sozinho ele ficou
Que aprendeu falar com o pato
Sendo um pato de Moscou
O seu nome era Sem Sato
Já trocava alguma idéia
Com seu gato siamês
Que trouxeram da Indonésia
E só falava o japonês
Pastor belga, fiel amigo
Foi criado lá na França
Dividia aqui seu abrigo
Com o idioma de criança
Um papagaio tupiniquim
cheio de sotaque do norte
quando falava o bixim
só se entendia por sorte
falava com seus botões
de um casaco escocês
fechava a roupa como vilões
e pedia perdão em inglês
dentro de quatro paredes
se montou um poliglota
tantas nações em sua rede
que a ONU o quer de volta