O PALHAÇO
Muito falante, o palhaço
Todo atrapalhado fazendo
Muito estardalhaço
Esticou os magros braços
E prendeu o vento
Num grande abraço.
As crianças da plateia
Encantadas com os gestos
Correram a imitá-lo
Quase se esqueceram
Que ainda vinha
Muita alegria.
Ao final do primeiro ato
Correndo cheias de euforia
Queriam esvaziar a bolsa
Da já conformada tia,
Os bolsos do pai,
Enfim gastar todo o dinheiro
Somente naquele dia.
Algodão doce, pipoca, amendoim
Tantas guloseimas, tantas doçuras,
Uma alegria, um dia sem fim
No camarim atrás da cortina
O herói sorria, sorria, sorria.
Hoje tem ALEGRIA!
E o palhaço corria
Sem parar até o final do dia
O segredo no meio
Da gritaria e tanta euforia
A cara pintada de ALEGRIA.