O MARIBONDO CHAPÉU
O maribondo chapéu
Subi na goiabeira para saciar,
Aquela vontade que estava de comer goiaba,
Você nem imagina o que eu encontrei por lá,
Uma casa de maribondo completamente infestada.
Infestada de que? De maribondo chapéu,
Aquele que quando ferra doe pra caramba,
Quero ver se tem algum menestrel,
Que leva uma ferrada e ainda fica de banda.
O maribondo me deu uma ferrada,
Eu desci da goiabeira mais que de repente,
Fiquei sentado na beira daquela estrada,
Doía o corpo todo, doía até a mente.
Um dizia para colocar álcool e de nada adiantava,
Outro dizia: Coloca gelo, mas nada adiantou,
Eu me coçava, eu sentia dor, eu chorava,
Até que lá pelas tantas a forte dor passou.
Mesmo assim valeu à pena pegar aquela goiaba,
Que cheirava e de longe a gente sentia...
Mesmo com maribondo a vontade ainda me dava,
Foi na infância e agora eu extravaso em poesia.
Do meu livro A CRIANÇA EM VERSOS E RIMAS, volume 3
Registrado na Biblioteca Nacional e protegido pela Lei
Dos Direitos Autorais. Lei nº 9610 de 19/02/1998.