É servido?

Mais medroso que um esquilo

Com um pânico em cada quilo

Gabão, com barulho de fanfarra

Unha crescida, para ele era garra

Botava para correr todo o saci

Bicho danado, pegava com pari

Em cercado de briga de galo

Ninguém mesmo para enfrenta-lo

Batia em todos, só com um braço

Mas para voltar para o seu espaço

pela frente uma encruzilhada

e por trás, as calças molhadas

o valente,naquela noite sem lua

esqueceu-se das horas na rua

deitando para todos falação

tarde, como driblar assombração?

Como cruzar caminho cruzado?

Nem com fraldas estava o coitado

Uma labareda se ergueu da terra

Onde até valente berra

o cheiro de galinha encheu o ar

então o bravo, se pôs a desmaiar

ficando sem história para contar

teria morrido, aquele destemido?

Dia seguinte, tudo ficou claro

o nariz cheio de terra sem faro

acordou o bravo ao lado do bêbado

fogueira acesa, um conceito debelado

cheio de pinga, mas muito educado

oferecia o ébrio, uma asa do frango assado

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 21/08/2010
Reeditado em 21/08/2010
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