É servido?
Mais medroso que um esquilo
Com um pânico em cada quilo
Gabão, com barulho de fanfarra
Unha crescida, para ele era garra
Botava para correr todo o saci
Bicho danado, pegava com pari
Em cercado de briga de galo
Ninguém mesmo para enfrenta-lo
Batia em todos, só com um braço
Mas para voltar para o seu espaço
pela frente uma encruzilhada
e por trás, as calças molhadas
o valente,naquela noite sem lua
esqueceu-se das horas na rua
deitando para todos falação
tarde, como driblar assombração?
Como cruzar caminho cruzado?
Nem com fraldas estava o coitado
Uma labareda se ergueu da terra
Onde até valente berra
o cheiro de galinha encheu o ar
então o bravo, se pôs a desmaiar
ficando sem história para contar
teria morrido, aquele destemido?
Dia seguinte, tudo ficou claro
o nariz cheio de terra sem faro
acordou o bravo ao lado do bêbado
fogueira acesa, um conceito debelado
cheio de pinga, mas muito educado
oferecia o ébrio, uma asa do frango assado