O MENINO E A GAIVOTA

Olhou para o céu e viu,
(Somente ele que viu),
Uma gaivota lhe sorrir,
Achou aquilo estranho,
Ao mesmo tempo sentiu,
Uma emoção sem tamanho,
Sentiu sua alminha fluir,
Desejou se soltar, subir,
Acima do nível do mar,
Azulado voar...
Naquelas asas macias,
Eis que de repente,
Como se fosse fantasia,
A gaivota se aproximou,
Pousou na areia quente,
Em um gesto surpreendente,
O par de asas retirou,
Emprestou ao menino,
E disse; voe por aí sem destino,
Pelo vão do firmamento,
Sinta o encantado momento,
Eu fico aqui a te esperar,
Entre o espanto,
E  o sentimento de gratidão,
Ele derramou um pranto,
De transparente alegria,
Sem ter como dizer não,
Acariciou a gaivota, beijou,
E maravilhosamente voou...