O SAPO CURURU
O sapo cururu
Eu vi um sapo cururu saindo,
De dentro daquela lagoa,
Pulou a minha frente sorrindo,
Dizendo que caiu de uma canoa.
Perguntei onde estava a tal canoa,
Ele sorriu e disse que foi embora,
Disse que estava na proa,
Que caiu e que foi naquela hora.
Olhei e não vi nenhuma canoa,
Perguntei se falava verdade,
O sapo cururu disse que estava à toa,
Disse que mentia, mas mentia sem maldade.
Eu falei a ele que não se deve mentir,
Porque cresce o nariz,
Disse que não tinha nariz e começou a sorrir,
Sair de perto daquele sapo foi tudo que eu fiz.
Envergonhado ele pulou outra vez na lagoa,
Dizendo que estava sem graça de me olhar,
Falou que levava a vida mentindo à toa,
Contou que tinha o desejo de seu jeito mudar.
Do livro A CRIANÇA EM VERSOS E RIMAS do autor Clotan,
Registra na Biblioteca Nacional e protegido pela Lei dos
Direitos Autorais. Lei nº 9610 de 19/02/1998.