Desenho torto

Quero escrever a chuva

Para poder me assanhar

Correr, conta ao vento,

Como foi que cheguei Lá.

Para trazer em papeizinhos

Toda aquela gratidão

Dizer a todas as formigas,

Como ficou seu coração.

Que corria de saudade

Da janela viu nascer

Um pouquinho de vontade,

Que ela queria ter.

Pois nasceu tão sorridente

De carinho e afeição.

Se mostrou tão potente,

Que magoou seu irmão.

Se fazia de uma criança,

Que queria sempre chorar.

Que guardava na lembrança,

Outro jeito de amar.

Para de todos os males,

Acabou-se a confusão.

Sumiu no mar, foi embora,

Que seja feliz assim então.