No tempo do dinossauros
Na Era dos Répteis
um grupo de predadores
deslocaram-se rapidamente
com suas grandes pernas
Os olhos de Dino
azul-acizentados
correm no vale
e lembram de outros dias
silenciosamente
a voz da mãe dentro da noite
dizendo dos sons
da natureza
“Filho meu, escuta!”
Duas lágrimas descem
nas faces pequeninas
descem... doidas
Dino pousa a vista no tempo
quente e seco
um resto de dia
_Vem, Dino!
Não. Dino quer a mãe
mas todas aquelas ossadas
frias no chão
o cheiro estranho
sem cores de sorrisos
no fim de tarde
E os parentes caminhando
em busca de outro vale
onde houvesse alimento
outros animais
Levanta os olhos
ao retirar os pensamentos
dos bordados da memória
cenas enroscadas
em tons de saudades
mergulham dentro dele
e as pisadas na areia
lançam ao vento
os mesmos nomes
adeus, mamãe
Isto foi muito antigamente
em um tempo desconhecido