No tempo do dinossauros

Na Era dos Répteis

um grupo de predadores

deslocaram-se rapidamente

com suas grandes pernas

Os olhos de Dino

azul-acizentados

correm no vale

e lembram de outros dias

silenciosamente

a voz da mãe dentro da noite

dizendo dos sons

da natureza

“Filho meu, escuta!”

Duas lágrimas descem

nas faces pequeninas

descem... doidas

Dino pousa a vista no tempo

quente e seco

um resto de dia

_Vem, Dino!

Não. Dino quer a mãe

mas todas aquelas ossadas

frias no chão

o cheiro estranho

sem cores de sorrisos

no fim de tarde

E os parentes caminhando

em busca de outro vale

onde houvesse alimento

outros animais

Levanta os olhos

ao retirar os pensamentos

dos bordados da memória

cenas enroscadas

em tons de saudades

mergulham dentro dele

e as pisadas na areia

lançam ao vento

os mesmos nomes

adeus, mamãe

Isto foi muito antigamente

em um tempo desconhecido

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 21/05/2010
Reeditado em 21/05/2010
Código do texto: T2271298
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