Meus botões...
Quanto tempo ainda viverei,
pra que eu possa entender a flor,
será que discernimento eu terei,
para um dia repassar o amor...?
O que terá a noite escura,
aquela que amedronta lá fora,
quanto tempo o carinho adulto dura,
amanhã me dará a luz que tenho agora...?
Que olhos seguirão os meus passos,
longe dos parquinhos, no mundo atróz,
terão estes olhos os mesmo traços,
a mesma ternura com a mesma voz...?
Acredito no saci-pererê e na cuca,
na branca de neve e até papai noel,
mas não em uma mão que machuca,
desviando do objetivo o seu papel.
Edilson Antonio de Souza
Imagem: Google.