Pingo de luz - Giselle Sato
Bonequinha de papel, nas mãos da menina, cria asas
furta-cor.
Dança pro sol, desfila pra lua, tem estrelas na ponta dos cabelos.
Cola da escola, tesoura sem ponta, giz de cera e canetinhas.
Pincel, papel camurça e de seda, para o vestido de
princesa.
Celofane em tirinhas de plissê, vestem a bailarina, fada, ninfa da floresta encantada.
Leves, transparentes tutus , flutuam enquanto em graciosos pliés.
Menina, menininha, criança linda, tão amada.
Pergunta onde nascem as cotovias e avista borboletas.
Brinca de neve com bolhas de sabão.
Sonha cor de rosa. Descalça os sapatos e pisa na grama molhada. Fria.
Sensação esquecida, tão gostosa e querida.
No céu enfeitado por balões azuis, brincam nuvens de algodão. O som doce, embala em canto sereno, a paz e bem estar.
Fantasia o tempo, a vida em alento, tomando forma de
heroínas.
Imaginação. Sopram ao vento, folhas em branco, formas e volteios. Livres.
Maçãs do amor, vermelho brilhante, são encantos
Surpresas que se quebram, na primeira mordida
Adoçam a boca, saciam a sede e perfumam o ar. Revelam.
O gato mia, o sino badala a idade nas horas perdidas
Ser feliz dura pra sempre, cabe em uma vida.
Só é preciso acreditar.
Canta, pula, corre, tropeça, salta, ri e desperta. Liberdade