Pingo de luz - Giselle Sato

Bonequinha de papel, nas mãos da menina, cria asas
furta-cor.
Dança pro sol, desfila pra lua, tem estrelas na ponta dos cabelos.

Cola da escola, tesoura sem ponta, giz de cera e canetinhas.
Pincel, papel camurça e de seda, para o vestido de
princesa.
Celofane  em tirinhas de plissê, vestem a bailarina, fada,  ninfa da floresta encantada.
Leves, transparentes tutus , flutuam enquanto em graciosos  pliés.

Menina, menininha,  criança linda, tão amada.
Pergunta onde nascem as cotovias e avista borboletas.
Brinca de neve com bolhas de sabão.
Sonha cor de rosa. Descalça os sapatos e pisa na grama molhada. Fria.
Sensação esquecida, tão gostosa e querida.

No  céu enfeitado por  balões azuis, brincam  nuvens de algodão. O som  doce, embala em canto sereno, a paz e bem estar.
Fantasia o tempo, a vida em alento, tomando forma de
heroínas.

Imaginação. Sopram ao  vento, folhas em branco, formas e volteios. Livres. 
Maçãs do amor, vermelho brilhante, são encantos
Surpresas que se quebram,  na primeira mordida
Adoçam  a boca, saciam  a sede e  perfumam o ar.  Revelam.

O gato  mia, o sino badala a idade nas horas perdidas
Ser feliz dura pra sempre, cabe em uma vida.
Só é preciso acreditar.
Canta, pula, corre, tropeça, salta, ri e desperta. Liberdade
 





 
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 15/04/2010
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T2199320
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