AS ENCHENTES*

Que tal falar das enchentes?

Com elas, vou dar aos dentes.

Uma enchente surpeende,

como nos faz um duende.

Ela pode vir fatal,

conforme o seu temporal.

E pode alagar cidades,

daí causar mortandades.

Tragédias são as enchentes

e, por cima, inconsequentes.

Trazem morte e sofrimentos,

se houver os desabamentos.

Devem-se evitar encostas,

onde as casas são expostas.

Áreas de rios e lagos,

enfim, podem dar estragos.

Os morros são um petisco

e viram locais de risco.

Ah, pode matar a enchente

– flagelo de tanta gente!

Fort., 09/04/2010.

(*) A criança precisa de exercitar

a linguagem musical, obtida

por meio do verso curso, talha-

do em redondilhas maiores, em

feições rítmicas e rímicas, para

que o enunciado frásico torne-

se o mais mínimo “duro” pos-

sível. Assim, em adulto, com

certeza teremos um usuário

da língua propenso à lingua-

gem poética, sem dúvida mui-

to mais humanizada que a nua

realidade fônica da prosa. E os

os dísticos, como no texto, ao

meu entender, prestam-se mui-

to bem a tal função corretiva e

lúdica do infante.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 09/04/2010
Código do texto: T2186051
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.