Era uma vez um Castanheiro...
Era um velho castanheiro,
de copa redonda e cerrada,
Erguia-se nobre, o ano inteiro,
Mesmo ao Sol e com a geada!
O seu fruto ele me dava,
Vindo da copa tão prenha!
E a minha fome matava,
com a sua bela castanha!
Meu Deus! Recordo tão bem,
como se fosse mesmo agora,
quando ia com minha mãe,
de burro pl' estrada fora.
Sobre o pobre e velho jumento
cuja garupa mal alcançava,
eu seguia bem contente,
pois nas albardas castanhas, levava!
Quanta era a nossa alegria,
nessa noite a janta da gente!
Parecia mais que um festim,
quando muita fome se sente!
Anos mais tarde voltei lá,
á pequena aldeia onde nasci!
Busquei o meu castanheiro,
Procurei, mas a este, não vi!
Caira no duro chão,
durante o último inverno!
O meu lindo castanheiro,
que eu julgava eterno!
Numa noite de tormenta,
um raio malvado o tomou!
e pelo meio do tronco,
a velha arvore trespassou!
O meu Castanheiro,
que tanta fome me matou,
Velho, triste e carcumido,
assim se sozinho, findou!
Ninguém o chorou!
Pois bem! Choro-o eu!
Minh'alma também penou!
quando o castanheiro morreu!
Era um velho castanheiro,
de copa redonda e cerrada,
Erguia-se nobre, o ano inteiro,
Mesmo ao Sol e com a geada!
O seu fruto ele me dava,
Vindo da copa tão prenha!
E a minha fome matava,
com a sua bela castanha!
Meu Deus! Recordo tão bem,
como se fosse mesmo agora,
quando ia com minha mãe,
de burro pl' estrada fora.
Sobre o pobre e velho jumento
cuja garupa mal alcançava,
eu seguia bem contente,
pois nas albardas castanhas, levava!
Quanta era a nossa alegria,
nessa noite a janta da gente!
Parecia mais que um festim,
quando muita fome se sente!
Anos mais tarde voltei lá,
á pequena aldeia onde nasci!
Busquei o meu castanheiro,
Procurei, mas a este, não vi!
Caira no duro chão,
durante o último inverno!
O meu lindo castanheiro,
que eu julgava eterno!
Numa noite de tormenta,
um raio malvado o tomou!
e pelo meio do tronco,
a velha arvore trespassou!
O meu Castanheiro,
que tanta fome me matou,
Velho, triste e carcumido,
assim se sozinho, findou!
Ninguém o chorou!
Pois bem! Choro-o eu!
Minh'alma também penou!
quando o castanheiro morreu!