A Nave Espacial
A Nave Espacial
Tiago saiu cedo para comprar uma peça, que no seu carro irá usar, sem ela o veículo não irá funcionar.
Correu ruas desertas, sem gente para cumprimentar, as janelas estavam abertas, mas não havia ninguém a espreitar.
Olá dona Júlia, como passou este dia? Falava para o vento, respondia o que queria.
O eco emitia uns ruídos repetidos, ele julgava serem miúdos traquinas escondidos.
Apareçam seus malandros, não me façam esperar, eu sei que são vocês, quem julgam enganar?
Ninguém apareceu e Tiago seguiu caminho, ia muito atento, embora estivesse sozinho.
Olhava para trás, sempre com esperança, aquele homem tinha alma de criança!
Entrou numa loja, falou ao senhor que queria uma peça para o seu motor.
Diga-me do que se trata, é algo comum? Só tenho para carros e motos e para mais nenhum.
O Tiago saiu bem desconsolado, aquilo que queria não tinha encontrado.
O senhor veio atrás, queria saber o que queria afinal, o Tiago procurava uma peça para a nave espacial.
Mas que disparate, isso não há por aqui, já vi que perdi tempo, vou fingir que nem ouvi.
O Tiago voltou a casa, sentou-se no chão, a mãe chateada deu-lhe um sermão.
O Tiago triste disse que tinha ido procurar alguém amigo para brincar.
Não tinha encontrado, mas não fazia mal, tinha ainda o seu carro e a nave espacial.
Um na terra outro no espaço, o Tiago adormeceu devido ao cansaço.
Sonhou que voara entre as estrelas e os planetas, pisara asteróides e brincara nos cometas.
No fim voltou para o refúgio universal, não era a sua casa, era a nave espacial.
Lacrima D’Oro