O banho da perereca
Na boca dum pote de barro
Uma perereca estira pernas e coxas dianteiras
Ploc, ploc, ploc... Espirra água nas paredes do pote
“Vou lavar a barriguinha!”
Arrasta o som no silêncio da cozinha
Agita os bracinhos
Ploc, ploc, ploc... As bolhas subindo
Com as batidas das mãozinhas na superfície da água
Resolve brincar de explorador
“Uaauuu! Que águas escuras!”
E mergulha agitando a cabeça
Sleep, sleep... Ouvem-se as nadadeiras
Em movimentos circulares conhecendo o território
Roque... roque... roque
Vibra a perereca
Dentro do pote
Em puro mistério serelepe
Boia um pouquinho
Então salta faceira na boca do pote
E veste o roupão!